Saber como tomar decisões de forma segura é o objetivo maior de todo executivo quando se depara com questões que demandam efetuar escolhas que tragam rentabilidade e prosperidade para a empresa.
Mas, como saber se nossas decisões não estão equivocadas ou, ao menos, são as melhores escolhas dentre as opções que se apresentam no momento? Essa é a questão que pretendo esclarecer nesse tópico.
Decisões
Como tomar decisões de forma segura é, ao mesmo tempo, um atributo e um desejo dos líderes empresariais. Afinal, o prejuízo de uma decisão equivocada de um CEO pode comprometer anos de trabalho de uma equipe ou até mesmo pôr em risco uma empresa.
Alguns talvez se recordem da quebra do banco Lehman Brothers, o quarto maior banco de investimentos norte-americano, uma instituição de 158 anos, em 15 de setembro de 2008.
Esse episódio demonstrou, com veemência, que decisões irracionais (no caso, a oferta em larga escala de créditos de alto risco vinculados a imóveis) levaram a uma crise financeira global, afetando a economia de todo o planeta.
Portanto, a tomada de decisões é um assunto especialmente sensível, pois, caso a escolha efetuada venha a causar danos financeiros ou na imagem do seu negócio, o “preço” a ser pago pode ser a quebra da empresa!
Então, como agir para evitar que uma catástrofe se abata sobre seu negócio?
Decisões inteligentes
A primeira regra a ser seguida é atuar com prudência. E como você consegue isso? Entendendo como funciona o cérebro humano, de sorte a evitar agir de modo impulsivo, buscando sempre enfrentar desafios racionalmente.
O cérebro trino
Talvez você não saiba, mas você possui três cérebros, e não apenas um! Explico.
Nosso cérebro executa três funções básicas: racional, emocional e instintiva; daí o neurocientista Paul MacLean ter cunhado a expressão “cérebro trino”, que faz referência às três funções cerebrais que comandam, em grande medida, nossas ações.
· Neocórtex – é nosso cérebro racional, que comanda a lógica que utilizamos quando tomamos decisões;
· Mamífero – é nosso cérebro emocional, que comanda nossos sentimentos e nos faz, por exemplo, ter empatia por outro ser humano;
· Reptiliano – é nosso cérebro instintivo, responsável por nosso comportamento, por vezes agressivo e impensado, quando, por exemplo, algo nos causa temor ou nos ameaça, deflagrando nossas atitudes impulsivas.
Parece claro que, para tomar decisões de forma segura, devemos nos valer de nossa capacidade de raciocínio lógico, evitando ao máximo agir de modo impulsivo. Para tal, busque refletir nas causas dos problemas que você estiver enfrentando.
Faça esquemas, resumos, tabelas comparativas, gráficos, enfim, utilize as diversas ferramentas de análise que apresentamos nos tópicos anteriores e avalie os prós e contras de sua decisão. No livro Yes, You Can!, você encontra dezenas dessas ferramentas, explicadas em detalhes, para que sua utilização se torne simples e útil.
E nossas emoções, como entram nessa história? É claro que as emoções não devem ser desprezadas, pois atitudes corretas, implementadas de modo frio e calculista, sem levar em consideração o impacto que elas possam vir a causar nos diversos interessados (stakeholders) poderá pôr a perder uma brilhante estratégia.
O que devemos evitar são atitudes impulsivas, mas racionalidade sopesada com doses de emoção, em geral, tornam nossas decisões mais efetivas, pois levam em consideração aspectos lógicos aliados a aspectos humanos. Você verá que isso faz enorme diferença no comprometimento de seus colaboradores durante a fase de execução da decisão tomada.
Consciente x Inconsciente
Por fim, mas não menos importante, os três “cérebros” que aqui citamos atuam no nível consciente da mente, mas há ainda uma poderosa ferramenta que está a seu dispor e que atua no nível inconsciente da mente: a intuição.
Intuição
A intuição, conforme afirmava Einstein, “é um dom sagrado”. O genial Einstein nos alertava acerca da importância que devemos dar a esse precioso atributo de nossa mente. Difícil de definir, a intuição aparece como uma “voz interior sutil”.
Ela nos alerta acerca de algo que ainda não nos é claro, que repousa nas profundezas de nossa mente e que parece querer “sussurrar” algo que ainda não aflorou ao nível da consciência.
Como então agir em relação à intuição? Preste atenção nesse “sussurro” de seu cérebro, pois ele pode lhe indicar caminhos que você deve experimentar e que podem levá-lo a grandes descobertas.
O nível inconsciente de seu cérebro, onde a intuição encontra sua morada, age buscando unir informações há muito armazenadas. Porém, por estarem “escondidas” nos recônditos de sua mente, elas não afloram de forma lógica, e apenas insinuam que há algo que você deve prestar atenção, pois pode estar nessa “nuvem disforme” a resposta que você tanto almeja para solucionar algum problema que possa estar lhe afligindo ou mesmo observar uma oportunidade única para a qual você ainda não havia se atentado.
Conclusão
Seu cérebro, em nível consciente, opera três funções: razão, emoção e instinto. Já em nível inconsciente, opera através da intuição. Cabe a você, sabedor da incrível capacidade que sua mente possui, utilizar todas as suas funcionalidades para ajudá-lo a enfrentar e superar os desafios que a atividade empresarial lhe propuser.
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