Entenda sobre o processo de aprendizagem e a importância da metodologia para ensinar. Você pode aplicar esse conhecimento na sua empresa também!
Aprender e ensinar são duas das mais nobres tarefas que um ser humano pode desempenhar em vida. Fazê-lo da forma mais eficaz é questão de método.
Ensinar ou aprender?
Durante minha vida, ensinar e aprender se tornaram parte importante de minha trajetória profissional.
Primeiramente, como aluno. Nos bancos escolares, busquei aprender o máximo com os mestres com quem tive a oportunidade e o prazer de conviver e absorver seus saberes.
Depois, como professor, procurei transmitir a meus alunos muito do que havia aprendido. Coloquei em prática o que me haviam ensinado ou aquilo que, como autodidata, havia descoberto vida afora.
Mas, será que ensinar e aprender são mesmo as duas faces na mesma moeda? A resposta a essa questão é sim e não.
Sim, porque, em muitas situações, alguém mais experiente, ou conhecedor de determinado assunto, nos transmite seus saberes para facilitar a nossa absorção.
Não, porque podemos, por nós mesmos, buscar informações, sem que tenhamos que recorrer a um mestre. Mesmo assim, podemos aprender sobre determinado tema de nosso interesse.
Portanto, ensino e aprendizado se complementam, mas esse último não está vinculado ao primeiro de modo indissociável. Quando buscamos conhecimento por conta própria, podemos aprender algo, sem necessariamente, um mestre.
Posta essa questão, cito a frase da poetiza Cora Coralina que bem define o ato de ensinar: “Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina”.
Metodologia para ensinar
Como mestres, nosso ofício deve ser exercido com primor e respeito pela trajetória de aprendizado do aluno.
Essa trajetória, por sua vez, será mais amena se bem compreendermos que nossa função é transferir nossos saberes da forma mais adequada aos nossos alunos, utilizando para tal todos os recursos didáticos à nossa disposição.
Assim, seria presunçoso afirmar que “ensinamos” algo a alguém. Mais correto é afirmar, como nos diz Cora Coralina, que “transmitimos” nosso conhecimento.
Dessa forma, devemos buscar fazê-lo da forma mais inteligível possível, a fim de possibilitar o aprendizado do aluno, uma vez que o ato de aprender é solitário e ocorre no cérebro do aluno.
Continue lendo para conhecer mais sobre a necessidade de uma metodologia para ensinar.
Processo ensino-aprendizagem
Tendo entendido que há dois processos que se complementam: ensinar e aprender, devemos buscar quais são as etapas desses processos a fim de torná-los mais eficientes.
Ensino
Há três fases que caracterizam o processo de ensino, a seguir descritas:
a) Informação – fase na qual o educador se conscientiza da relevância de determinado tema para que possa melhorar o desempenho de suas aulas. Essa conscientização leva à motivação por parte do professor;
b) Formação – fase na qual o educador adquire as informações necessárias para melhorar a forma na qual desempenha seu ofício. Nessa fase, são transmitidos aos educadores “métodos” que visam aprimorar a forma como eles se comunicam com os diversos perfis de alunos com os quais têm que lidar;
c) Transformação – nesta última fase, os aprendizados ocorridos na fase anterior são postos em prática para que o professor se aproprie dos conhecimentos que lhe foram transmitidos, através da prática em sala de aula.
Mentores devem acompanhar o professor aprendiz nesta etapa, visando encorajá-lo a adotar as novas abordagens e quebrar vícios arraigados por anos de práticas antigas e de menor eficiência.
É comum, nessa fase, a resistência do professor-aprendiz, uma vez que romper com velhos hábitos, em geral, é algo difícil para as pessoas.
Para o sucesso nessa etapa, é importante o acompanhamento por mentores que exercem o papel de apoiar o aprendiz. Eles devem esclarecer as dúvidas que surgirem e incentivá-lo a por em prática as novas abordagens aprendidas.
Aprendizagem
Há também aqui três fases que caracterizam o processo de aprendizagem. É criar uma metodologia para ensinar:
a) Propósito – é fundamental que o aluno tenha claro o porquê algo estará sendo ensinado, qual o objetivo daquela instrução e como ela se “encaixa” em sua vida, ou seja, para que aquilo lhe será útil na vida.
Caso isso não seja objeto de atenção por parte do educador, não ocorre a motivação por parte do aluno. Todo o esforço presente no ato de ensinar se torna um esforço em vão, uma vez que o aluno, desinteressado, jamais dedicará empenho em aprender. Assim, todo o processo estará comprometido.
b) Projeto – uma vez motivado, o aluno precisa satisfazer sua curiosidade e nada será mais eficaz do que oferecer a ele um projeto em que possa por em prática os ensinamentos transmitidos.
Hoje sabemos que, dentre os inúmeros processos de ensino-aprendizagem existentes, aqueles que colocam o aluno no centro o processo, como protagonista de seu aprendizado, obtém os melhores resultados.
Tais processos são conhecidos como “metodologias ativas” de aprendizado, em contraposição às metodologias passivas, em que o protagonista é o professor, cabendo ao aluno o papel de mero ouvinte.
c) Solução – a eficácia das metodologias ativas advém das perguntas propostas ao aluno, às quais ele deve responder por meio de pesquisas, buscas e atividades executadas com seus pares.
Assim, seu cérebro é forçado a estar ativamente envolvido em todo o processo. Isso se contrapõe ao processo passivo em que o professor fornece todas as respostas, cabendo ao aluno apenas assistir o mestre.
Cabe ao aluno a busca da solução dos problemas que surgem durante a fase de execução do projeto proposto. Essa busca é a principal responsável pelo desenvolvimento das habilidades cognitivas e socioemocionais do estudante.
Cons(c)ertando a educação
Está posto o “segredo de sucesso” das escolas mais inovadoras mundo afora.
São princípios simples, porém poderosos, que, utilizados por quem ensina, transformam profundamente o ato de aprender.
A metodologia para ensinar propicia o desenvolvimento de uma sociedade mais justa, com igualdade de condições para todos.
Esse modelo já provou que a desigualdade entre alunos de alto e baixo desempenho, acentuada pelos modelos passivos de aprendizagem, são minimizados ao máximo em modelos ativos de aprendizagem.
Todos os atores trabalham em conjunto num concerto que tem como resultado o concerto da educação. Assim, ninguém é deixado para trás!
No capítulo Hangaragem, tópico Cons(c)ertando a educação, bem como no Anexo 17 – Educação Quântica, no livro Yes, You Can!, você encontra um aprofundamento desse tema. Lá, apresento exemplos contundentes observados na área médica ou na formação de pilotos que comprovam essa tese.
Sugiro firmemente que você leia esse material, em especial se você exerce a função de educador. Seja no ambiente escolar ou no ambiente empresarial, é importante que o tempo e os recursos empenhados nessa tarefa surtam os efeitos dela esperado.
Conclusão
Conceber um plano e assegurar seu sucesso é uma das maiores satisfações que você pode experimentar. Portanto, entender como proceder para alcançar esse objetivo é uma questão de inteligência e pragmatismo.
Por último, mas não menos importante…
Ensine com generosidade; aprenda com humildade.
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